A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível, causada por uma bactéria chamada Chlamydia trachomatis. Nem todas as pessoas contaminadas com clamídia apresentam sintomas, podendo a infecção passar despercebida por muitos anos. Os pacientes com clamídia assintomática tornam-se fontes de contaminação permanentes, motivo pelo qual a clamídia é a DST mais comum no mundo. Quem transmite clamídia pode não saber que está contaminado e quem se contaminou pode não saber de quem pegou.
Nas mulheres apenas 10% desenvolvem sintomas; nos homens, o número é um pouco maior, ao redor dos 30%. Entretanto, é bom destacar que mesmo sem sintomas, o paciente contaminado é capaz de transmitir a doença para seus parceiros(as). Nos pacientes que desenvolvem sintomas, os mesmos costumam surgir entre 1 e 3 semanas após a contaminação Nas mulheres, os principais sintomas da clamídia são corrimento vaginal; sangramento vaginal; dor abdominal; dor durante a relação sexual; ardência ou dor ao urinar.
A principal complicação da infecção por clamídia nas mulheres é progressão da bactéria em direção ao útero, trompas e ovários, provocando uma grave infecção conhecida como doença inflamatória pélvica (DIP). Cerca de 10 a 15% das mulheres infectadas com a Chlamydia trachomatis desenvolvem DIP. Infertilidade também é uma complicação comum da clamídia não tratada e ocorre por lesão das trompas e/ou do útero por infecção prolongada.
O tratamento com antibióticos para o paciente afetado e para os parceiros sexuais dele é recomendado. A triagem de outras infecções sexualmente transmissíveis comuns também deve ser realizada.