As ondas de calor (fogachos) são o sintoma mais comum na peri e pós-menopausa, afetando cerca de 60% a 80% das mulheres e, dependendo da intensidade, também a qualidade de vida. Para mulheres com sintomas moderados e intensos, a terapêutica hormonal (TH) deve ser considerada, pois é o tratamento mais efetivo para aliviar os sintomas vasomotores.
A eficácia da terapêutica hormonal para aliviar os sintomas vasomotores está muito bem estabelecida e seus benefícios sobrepõem os riscos quando inicialmente indicada para mulheres abaixo de 60 anos e com menos de dez anos de menopausa.
A atrofia vulvovaginal é um termo que se refere especificamente às mudanças nas superfícies vaginais e vulvares que, ao exame, mostram uma mucosa fina, pálida e seca.
Os sintomas associados a essa atrofia, como falta de lubrificação e dor nas relações sexuais, afetam de 20% a 45% das mulheres na pós-menopausa, podendo ser progressivos e se intensificar sem tratamento.
A TH também pode reduzir os sintomas de urgência urinária, bexiga hiperativa e risco de infecção urinária recorrente em mulheres com atrofia urogenital.
TH é eficaz na prevenção da perda óssea associada com a menopausa e diminui a incidência de todas as fraturas relacionadas à osteoporose.
A TH pode melhorar a qualidade de vida relacionada com a saúde em mulheres sintomáticas mediante melhora dos sintomas, desordens do sono, humor e função sexual.
O tempo de manutenção da TH deve ser considerado de acordo com os objetivos da prescrição e também com os critérios de segurança na utilização. O uso de TH é uma decisão individualizada em que a qualidade de vida e fatores de risco, como idade, tempo de pós-menopausa, risco individual de tromboembolismo, doença cardiovascular e câncer de mama, devem sempre ser avaliados. Além disso, o momento do início da TH, a dose e a via de administração parecem ter um importante papel na tomada de decisão.